O Cursilho: um rico instrumento de evangelização por Pe. Xiko

Na década de 40, época em que nasceu o Movimento de Cursilho de Cristandade, dizia-se que o mundo estava de costas para Deus, hoje, percebemos que, além disso, há uma profunda indiferença e um descaso em relação a Deus.

Ele não interessa, assim como não interessam os valores religiosos. A sociedade, quase que em geral, sente um vazio interior e não sabe o que é, procura compensar com valores superficiais ou supérfluos quando, na verdade, tem fome e sede de Deus.

Assim sendo, damo-nos conta da importância e da atualidade do Cursilho em nossos dias. Percebemos que essa fome e essa sede de Deus não desapareceram, pelo contrário, aumentaram, com a diferença de que, hoje em dia, as pessoas as buscam em valores ilusórios. Nesse contexto, o Cursilho é um excelente e extraordinário instrumento de evangelização, talvez, um dos mais adequados para o nosso tempo. Com isso, concluímos a necessidade de nosso empenho e dedicação, especialmente, no trabalho do Pré-cursilho.

Precisamos renovar a consciência de nossa tarefa missionária, de ir em busca de candidatos, principalmente, dos afastados e que são tantos. Essa tarefa é urgente e indispensável.

Necessitamos renovar a consciência de que, para ir ao Cursilho, é necessário ser convidado, mas como irão, se não houver quem convide?

Percebemos, claramente, que nossos ambientes, a partir de nossas próprias famílias, estão cada vez menos evangelizados, portanto mais distantes de Deus e, consequentemente, de serem felizes e de cumprirem sua missão, por isso, reafirmo que temos ao nosso alcance um privilegiado instrumento de evangelização, o Cursilho, que opera milagres de renovação de vidas e, disso, somos testemunhas.

Lembremos o que nos diz o Documento de Aparecida: “conhecer Jesus Cristo pela fé é nossa alegria; segui-lo é uma graça e transmitir esse tesouro aos demais é uma tarefa que o Senhor nos confiou ao nos chamar e escolher” (18). Segue o mesmo documento: “conhecer Jesus é o melhor presente que qualquer pessoa pode receber; tê-lo encontrado foi o melhor que ocorreu em nossas vidas, e fazê-lo conhecido com nossas palavras e obras é nossa alegria” (29). Continua o documento: “não se começa a ser Cristão por uma decisão ética ou por uma grande ideia, mas por um encontro com um acontecimento, com uma Pessoa, que dá um novo horizonte à vida e, com isso, uma orientação decisiva” (12). Essa, aliás, é nossa missão de cristãos conscientes. Não esqueçamos de que existe muita gente esperando e necessitando desse encontro, desse momento. Somos convidados a ter os mesmos sentimentos de Cristo: enquanto faltar uma ovelha no rebanho, enquanto houver uma só fora do rebanho, não descansaremos. Sabemos que, hoje, não falta só uma, mas a maioria, que ainda não encontrou o verdadeiro pastor e, por conseguinte, não descobriu o verdadeiro rebanho.

 

Pe. Francisco Luis Bianchin (Pe. Xiko)
ASSESSOR REFERENCIAL PARA FORMAÇÃO
gen-pexiko@cursilho.org.br