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Experiência de Orfandade

Já tive mais de uma experiência de orfandade, mas estou, assim posso dizer, vivendo a mais difícil, aliás, estamos vivendo talvez a mais dura, a mais ingrata de todas elas devido à  insegurança, à forma como ela se processa, totalmente fora do previsível, fora da normalidade da vida.

Uma orfandade em que não temos apenas uma ausência, mas um isolamento que nos priva da saudação, do abraço e, até mesmo, muitas vezes, do olhar amigo e do sorriso animador, pois somos obrigados a cobrir a boca. Além do mais, não termos uma palavra de carinho, de apoio, de estímulo, de solidariedade, e isso é muito duro, justamente daqueles que estão à frente dos destinos de nossa Igreja, de nossas comunidades e de nossos povos.

Na verdade, o que recebemos muito são recomendações, decretos, proibições e, digamos a verdade, até ameaças; no entanto, não vieram acompanhadas de uma palavra de conforto e de apoio de que tanto necessitamos.

Realmente, estamos em estado de verdadeira orfandade! A recomendação que mais ouvimos é “fiquem em casa”, mas pergunto: quais os meios de comunicação social, rádios, TVs que se preocuparam em oferecer um programa especial para os que ficam em casa? Quais meios sociais estão se preocupando em atender, com programas que ajudem as pessoas isoladas a se sentirem acompanhadas e cuidadas emocionalmente? O pior de tudo é que neste tempo deram prioridade às notícias de pânico e amedrontamento em lugar de disseminar a esperança e a confiança.

Perdoem-me a crítica, se nos últimos quinze dias, mudaram as programações, pois a única forma que encontrei para evitar a depressão, além da boa leitura e a oração, foi não ligar nenhum meio de comunicação social para não me contaminar pela tristeza e desesperança.

Sorte nossa que tudo passa e isso também vai passar. Creio que nosso mundo não voltará mais a ser o mesmo de antes, marcado pela correria desenfreada, pelo egoísmo exacerbado, pela ganância desmedida de muitos. Para quem quer apreender, essa pandemia poderá ser uma grande escola que venha mudar nossos hábitos e nossas atitudes. E que essa orfandade, que traz sérias consequências à família, à vizinhança, aos colegas de trabalho, à política, à religião, enfim, à toda  sociedade, não perdure, que, após o isolamento social, não se constitua em cultura, em hábito deixando de ser carinhosos com os familiares e amigos.

Imagino que eu não seja o único que me sinta órfão, por isso desejo que ressurjamos dessa experiência mais fortes, mais fraternos e solidários, mais sensíveis aos valores da vida e do amor e que deixemos para trás, especialmente, em nosso país, os radicalismos inúteis e perniciosos.

Juntos venceremos!

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Pe. Xiko

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